ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: P139

Poster (Painel)


P139

INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA PARA AUTISTAS COM SURDEZ

Autores:
PEDRUZZI, C.M.1, GOMES, A.M.R.1
1 UNCISAL - Universidade Estadual de ciências da Saúde de Alagoas

Resumo:
Resumo Simples

O autismo foi descrito inicialmente por Kanner (1943) como “um distúrbio autista do contato afetivo”. Destacando-se nesse distúrbio uma anormalidade do desenvolvimento social constitucionalmente determinado e apresenta-se nos primeiros anos de vida. Atualmente, o Autismo enquadra-se dentro da classificação de transtornos Globais do Desenvolvimento, o Código Internacional das Doenças (CID), o qual o define como sendo um déficit no desenvolvimento comportamental, social e na comunicação. O autismo também pode ser diagnosticado por meio DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Globais do Desenvolvimento), o qual o descreve por ser um prejuízo severo e invasivo nas áreas de interação social, principalmente, na área da comunicação. O autismo, atualmente, pode ser diagnosticado conforme níveis/graus de severidade. O desenvolvimento pode alterar-se de acordo como o grau de prejuízo cognitivo, sendo pior em crianças cujo quociente de inteligência(QI) é inferior a 50. E quanto maior prejuízo cognitivo menor será a probabilidade de desenvolvimento de linguagem dessa criança e maiores as chances de autoagressão e outros sintomas mais primitivos, requerendo dessa forma tratamento extenso e complexo. Crianças autistas também podem apresentar como comorbidade a surdez. A audição constitui-se em um pré-requisito para a aquisição e desenvolvimento da linguagem. A literatura revela que as oportunidades limitadas de ouvir informações conduzem à privação de experiências, com consequências negativas para o conhecimento de mundo e desenvolvimento de vocabulário. Bommarito e Chiari (1996) afirmaram que o falar, mediado pelo uso das palavras, não substitui o viver e o experimentar e sim, expressa o que se possa dizer deles, permitindo a construção do conhecimento, o compartilhar com o semelhantes e a transmissão de ideias, sentimentos e, sobretudo, valores sócioculturais. Objetivo. Verificar a evolução da intervenção fonoaudiológica para autistas com surdez. Método. Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética sob o número 1950. Estudos de casos retrospectivo, por meio de um questionário e uma ficha para coleta de dados nos prontuários dos pacientes, elaborados pela pesquisadora. Resultados. A amostra foi composta por cinco pacientes, desses (3) 60% eram do gênero masculino e (2) 40% do gênero feminino, com idade média 4 anos e 4 meses. Essas crianças possuem diagnóstico de autista e de deficiente auditivo e estavam em terapia fonoaudiológica, no momento da coleta de dados da pesquisa. Comparando-se dados dos prontuários após terapia fonoaudiológica, constatou-se evolução em todos os casos. Conclusão. Conclui-se que a intervenção fonoaudiológica para essas crianças é indispensável, visto que há uma melhora em seu desenvolvimento cognitivo e comunicativo.

Palavras-chave:
 Surdez, Linguagem, Transtorno Autístico,